ILHABELA – Nossa Casa

 

Para os que não conhecem Ilhabela, poderíamos dizer simplesmente que é a maior ilha oceânica brasileira, com 346 km2 em área, que fica a cerca de 200 km de São Paulo e que seu nome não foi dado por acaso. E seu nome se escreve junto mesmo, como se a beleza fosse um adjetivo que não pudesse ser separado da Ilha. Eles estão tão ligados, que os “habitué’s” e moradores (os íntimos da Ilha) podem se dar ao luxo de chamá-la simplesmente de “ILHA”, suprimindo BELA como se fosse uma redundância.

O que a manteve bela por muitos anos foram dois fatores que afastaram o turismo exagerado: balsa e borrachudos. Hoje, quando os borrachudos são poucos nos lugares centrais e há até 6 balsas na temporada trabalhando ininterruptamente, quem se tornou responsável por manter sua beleza é o grande parque estadual criado em 1977, que protege 85% de sua área. Isso mesmo: quase 300 km2 de sua área são intocáveis e criam um espaço para desfrutar a natureza com mata, trilhas, cachoeiras, lagos e praias dos mais belos do Brasil.

Os outros 15 %, estão sendo protegidos por algumas leis municipais que não permitem a verticalização (no máximo são permitidos dois pavimentos, sendo o andar térreo o primeiro pavimento) e por leis atuais que impedem o loteamento de novas áreas em lotes menores do que 600 m2. Essas medidas devem proteger a Ilha por um bom tempo da ocupação exagerada e do turismo exacerbado.

Com relação à população, cerca de 25 mil pessoas habitam a Ilha, o que se transforma em 75 mil na alta temporada.

Com dezenas de belas praias de  fácil acesso de carro (Veloso, Curral, Julião, Praia Grande, Pedras Miúdas, Perequê, Engenho D’água, Saco da Capela, Siriuba, Sino, Pinto, Armação, Pacuíba e Jabaquara entre as mais bonitas) e outras de acesso muito difícil onde apenas se chega de barco ou por trilha (Fome, Poço, Eustáquio, Guamixuma, Bonete, Caveira, Vermelha e outras), ainda se destaca a Praia de Castelhanos, considerada uma das mais bonitas do Brasil, cujo acesso pode ser feito por barco ou carro (jipe) numa trilha nem sempre possível de se transitar. Recomenda-se a contratação de um jipe com jipeiro experiente, para se ter certeza de ir e, mais importante, voltar !

Fora toda a beleza natural, temos ainda uma cidade muito bem estruturada em gastronomia, com ótimos restaurantes e um charmosíssimo centro turístico, denominado simplesmente “Vila”. Na Vila é que tudo acontece à noite. Com vários dos bons restaurantes localizados lá, alguns com música ao vivo, mais barzinhos, lojas, cafés, sorveterias, livraria e uma linda vista para o canal de São Sebastião, a Vila fervilha de pessoas nas belas noites (ou dias chuvosos) de temporada ou finais de semana.

Só que, como o título diz, Ilhabela é a nossa casa. Isso significa que ela vai, para nós, além de uma simples cidade turística. É uma cidade estruturada que permitiu nossa mudança de São Paulo sem traumas (aliás, traumatizado fico eu quando tenho que ir para São Paulo hoje em dia), pois possui dois colégios particulares (um de excelente padrão), vários estaduais e municipais, dois mercados de grande porte e vários de pequeno, um hospital novo no qual sempre fomos bem atendidos (melhor que na rede particular da Ilha) e lojas de praticamente todos os tipos de comércio. Dessa forma, precisamos sair da Ilha apenas para pouquíssimas coisas. Outro fator importante para nós é que Ilhabela, por ter um turismo sazonal, não é um lugar monótono – ela muda muito ao longo do ano, com eventos, temporada, feriadões, etc. Junte-se a isso a qualidade de vida de termos tudo perto, não existir congestionamentos, termos uma segurança muito maior que em São Paulo, diversões junto à natureza saudáveis e baratas, um centro cultural chamado Pés no Chão onde se realizam oficinas de artes diversas, etc. podemos dizer que nossa casa é maravilhosa.